O Botafogo vive um dos momentos mais conturbados da sua história recente — e, dessa vez, não estamos falando de vitórias ou derrotas dentro de campo. A crise se desenrola nos bastidores, entre disputas corporativas, decisões judiciais e incertezas sobre o verdadeiro comando da SAF alvinegra.
No centro do furacão está John Textor, empresário norte-americano que ganhou a confiança da torcida ao prometer um projeto moderno e ambicioso para o clube. Mas agora, ele precisa lutar para permanecer no controle da SAF, enfrentando pressões internas e externas que ameaçam sua continuidade no cargo.
⚖️ Justiça entra em cena para manter Textor no comando
A confusão começou a ganhar força após a saída de Textor do controle do Lyon, clube francês que também fazia parte da Eagle Football Holdings, empresa criada por ele para gerir suas participações em clubes de futebol. A debandada do Lyon acendeu um alerta em investidores e membros da Eagle, que passaram a questionar a condução do grupo e pressionar por mudanças.
Essa instabilidade chegou ao Brasil. Nos bastidores, havia articulações para afastar Textor da gestão do Botafogo. Diante disso, a Justiça brasileira agiu: determinou o bloqueio das ações da Eagle relacionadas à SAF alvinegra, impedindo que qualquer movimentação ocorresse sem autorização judicial.
A medida teve um objetivo claro: proteger John Textor e evitar sua destituição forçada, enquanto o imbróglio societário não se resolve nos tribunais. Assim, o empresário segue como o principal responsável pela administração do futebol do Glorioso.
💸 Dívidas, cobranças e uma pressão de R$ 152 milhões
Paralelamente à disputa pelo controle da SAF, a Eagle — e, por consequência, Textor — enfrenta uma cobrança milionária do próprio Botafogo. Segundo documentos judiciais, a empresa deixou de repassar valores que haviam sido acordados previamente, acumulando uma dívida que já chega aos R$ 152 milhões.
Esse montante seria parte de um investimento obrigatório no clube, e o não pagamento gerou mais tensões entre as partes. Ainda assim, a Justiça decidiu que a permanência de Textor é fundamental neste momento, ao menos até que a dívida seja discutida e resolvida formalmente.
🧩 Marinakis entra no jogo: alívio ou nova disputa?
Em meio à tempestade, um novo personagem entrou no cenário: Evangelos Marinakis, poderoso empresário grego e dono de clubes como Olympiacos (Grécia) e Nottingham Forest (Inglaterra). Ele é apontado como aliado estratégico de Textor e, nos bastidores, especula-se que possa vir a comprar parte da Eagle ou até investir diretamente na SAF do Botafogo.
A possível entrada de Marinakis levanta questões: seria ele um reforço necessário para sustentar o projeto esportivo e financeiro iniciado por Textor? Ou isso abriria espaço para mais conflitos de interesse e perda de autonomia da gestão atual?
O que se sabe é que o apoio do grego ajudou a fortalecer temporariamente a posição de Textor, que vinha sendo enfraquecida pela crise dentro da Eagle. Caso Marinakis avance nas negociações, uma nova reestruturação pode acontecer — mas ainda depende de decisões judiciais e acordos corporativos complexos.
🔮 E agora, torcedor?
O futuro da SAF do Botafogo permanece indefinido. A curto prazo, John Textor continua no comando, protegido por uma decisão judicial e reforçado por apoios internacionais. Mas os desafios são muitos: desde a quitação das dívidas milionárias até a recomposição interna da Eagle e a possível chegada de novos investidores.
A torcida, que já viveu altos e baixos dentro de campo, agora observa com atenção e certa apreensão os desdobramentos fora dele. O que está em jogo não é apenas a gestão de um clube, mas o modelo empresarial que passou a comandar o futebol brasileiro com a era das SAFs.
🚨 Resta saber: o projeto de Textor ainda tem fôlego para seguir à frente do Botafogo? Ou estamos prestes a assistir a uma nova mudança nos bastidores de General Severiano?